No dia 3 de janeiro de 2020, o Centro de Documentação Dom Helder Camara, que pertence ao Instituto Dom Helder Camara (Idhec), teve a sede violada e depredada e parte do seu patrimônio furtado.
Dom Helder Camara foi arcebispo de Olinda e Recife (Brasil) e lutou pela paz, justiça, e contra as múltiplas formas de opressão do ser humano. Dom Helder denunciou ao mundo as torturas e violações aos Direitos Humanos pelos regimes totalitários e foi perseguido e ameaçado pelo regime militar no Brasil. Pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos, dom Helder recebeu vários prêmios internacionais, como Martin Luther King, nos Estados Unidos, 1970, e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, 1974. O religioso é autor de 35 livros, incluindo os 13 volumes das Obras Completas, a maioria ensaios e reflexões sobre o terceiro mundo e a Igreja. Ele recebeu 32 títulos honoris causa de universidades estrangeiras e, em 2017, foi declarado por lei Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos.
O Centro de Documentação guarda todo o acervo da vida de dom Helder, incluindo livros, revistas, obras em geral e manuscritos. Esse acervo serve de fonte para teólogos, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado. Com o roubo, as pesquisas em andamento foram paralisadas bem como todas as atividades do Centro. Por questões de segurança, todo o acervo de dom Helder teve que ser transferido para um outro local e a volta ao funcionamento normal do Centro ainda não tem data prevista.
Mais de cem organizações publicaram uma Nota de Apoio e Solidariedade ao Instituto Dom Helder Camara (Idhec) e junto com escritor e músico Chico Buarque de Holanda, o Centro lançou uma campanha para arrecadar recursos.
Veja o vídeo com Chico Buarque:
Centro de Documentação Dom Helder Camara pertence ao Instituto Dom Helder Camara (Idhec) e tem cede em Recife, Brasil. O Centro mantem todo o acervo da vida de dom Helder Camara.